Transforma Energia é opção viável e segura para municípios no recebimento de resíduos

Apta a participar de licitações, empresa também inicia construção de unidade de transbordo

Um dos mais modernos complexos industriais de recebimento de resíduos do país já está em operação. Primeira empresa brasileira a desenvolver um projeto que atende 100% do novo marco regulatório de tratamento e destinação final de resíduos, a Transforma Energia iniciou suas atividades por meio de duas plantas localizadas na cidade de Caiabu – 20 km de Presidente Prudente. Em breve, também contará com uma unidade de transbordo de grande capacidade.

A empresa trabalha simultaneamente em três frentes: construção civil, grandes volumes e resíduos sólidos urbanos. Com isso, abrindo a possibilidade de atender diversos segmentos – públicos ou privados – ao mesmo tempo.

Atualmente, já opera comercialmente por meio da Planta de Grandes Volumes, com capacidade de 20 toneladas por hora, e a Planta de Resíduos de Construção Civil, com capacidade de 75 toneladas por hora.

A projeção é de colocar a Planta de Resíduos Sólidos Urbanos em operação até janeiro de 2022. “A planta de resíduos sólidos urbanos, além dos aterros sanitários que vão receber o rejeito dessas plantas, já estão em licenciamento. O completo todo estará operacional com capacidade de 700 toneladas por dia a partir do ano que vem”, pontua o diretor-presidente da Transforma Energia, Felipe Barroso.

A Transforma Energia já está apta a participar de licitações para a recepção de grandes volumes e de resíduos de construção civil. “A Central de Valorização de Resíduos foi concebida para ter um conceito de sustentabilidade. Desta forma, ela vai receber tanto resíduo do Poder Público quanto do setor privado. Todo esse material vai ser processado e reutilizado para atender o novo marco regulatório”, expõe Barroso.

Resíduos convertidos em energia e novos materiais

A Planta de Resíduos da Construção Civil da Transforma Energia recebe restos de demolições, reformas e outros itens desse segmento como: tijolos, telhas, blocos, argamassa, ferros e cerâmica, que são descartados diariamente pelas obras espalhadas por todas as cidades.

Esses rejeitos são transformados em pedra, areia e brita. Assim, podem novamente ser comercializados para o próprio setor da construção civil. De baixo custo e com alta capacidade de recebimento e processamento, a planta industrial opera com o triplo de volume de resíduos produzido pela cidade de Presidente Prudente, por exemplo.

Já o reaproveitamento de armários, camas, sofás, portas, entre outros materiais, é feito pela Planta de Grandes Volumes, que conta com sistema de Tratamento Mecânico Biológico (TMB) visando aumentar o valor energético de biomassa. Após o processamento, o material com alto poder calorífico pode ser utilizado por indústrias e diversos tipos de empresas.

O resultado é a oferta de produto mais vantajoso em relação ao bagaço de cana-de-açúcar e lenha, materiais que eram empregados em larga escala na região, até então. “O bagaço de cana tem 1,8 mil quilocalorias (kcal), ou seja, uma tonelada desse resíduo vai produzir esse volume de energia. Já uma tonelada do nosso produto gera 4.780 Kcal”, aponta Barroso.

Outra vantagem, é a queda do gasto com transporte. “Uma tonelada de bagaço de cana é equivalente a 200 quilos do nosso material. Uma tonelada de lenha representa meia tonelada do nosso produto. Ou seja, reduz custo de frete, pois você põe mais energia em um mesmo caminhão para transportar”, exemplifica.

Em construção, unidade de transbordo de resíduos terá capacidade de 480 toneladas por dia

Área é opção para municípios da região; empreendimento segue todas as normas ambientais

Em breve, municípios da região de Presidente Prudente contarão com uma solução altamente viável e totalmente dentro das normas ambientais e aéreas para a destinação correta de resíduos sólidos urbanos. A Transforma Energia iniciou a construção de uma estação de transbordo com capacidade de receber 480 toneladas por dia.

Com o licenciamento já em andamento, o serviço poderá ser contratado por prefeituras e, assim, evitar multas, processos judiciais e endividamento com obras de grande porte e de longa duração de execução. A meta é colocar a unidade em funcionamento em prazo máximo de três meses.

A estação de transbordo servirá como ponto de transferência intermediário de resíduos coletados nas cidades, criados em função da considerável distância entre a área de coleta e o local de destinação final.

“Enquanto o nosso aterro sanitário em nossa planta industrial não fica pronto, vamos receber os resíduos sólidos urbanos das prefeituras e levar para um aterro sanitário terceirizado totalmente legalizado e licenciado. Cabe salientar que esse transbordo atende a legislação em todo seu aspecto, principalmente na questão de ter uma distância de 20 quilômetros do Aeroporto [Estadual Adhemar de Barros] de Prudente. Não causando interferência em nenhum aeródromo”, explica o diretor-presidente da Transforma Energia, Felipe Barroso.

Exigência importante

Ao licitar serviços de transbordo e destinação de resíduos, as prefeituras precisam ficar atentas a uma exigência do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) do Comando da Aeronáutica (Comaer) para o licenciamento ambiental de empreendimentos com potencial atrativo de fauna em Área de Segurança Aeroportuária (ASA).

Desta forma, ficam restritas, por um raio de 20 km a partir do centro da pista do aeródromo, atividades atrativas a aves, tais como: lixões, aterros sanitários, curtumes, abatedouros, assim como quaisquer outras que possam proporcionar riscos semelhantes à navegação aérea.

O veto é imposto diante do risco potencial de colisão de aeronave com aves ou bando de aves no solo ou no espaço aéreo.

No caso de Presidente Prudente, por exemplo, o assunto ganha maior relevância por contar com um aeroporto comercial com movimento superior a 1.150 ou com voo regular de passageiros.

Localização estratégica

A área escolhida pela Transforma Energia para a implantação da estação de transbordo conta com localização estratégica que vai de encontro com as diretrizes estabelecidas pelo Plano Intermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PIGIRS), que serve como guia principal para a tomada de decisões do Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos do Oeste Paulista (Cirsop), formado por 11 municípios da região.

“Nós estamos posicionados no baricentro do consórcio, ou seja, estrategicamente na melhor posição para receber esse resíduo dos municípios consorciados”, pontua Barroso.

Sustentabilidade e educação ambiental

Parceria com instituições renomadas fomenta pesquisas em tecnologia

Aumentar a gama de produtos extraídos por meio do reaproveitamento dos resíduos para comercialização em diferentes setores e, ao mesmo tempo, minimizar cada vez mais possíveis impactos ao meio ambiente com a meta de zerar o pequeno passivo de rejeitos que ainda restar para evitar a utilização de aterros. Pensando nisso, a Transforma Energia e o Instituto Transforma – braço socioambiental de educação, comunicação e cultura da empresa – apostam na celebração de parcerias com importantes universidades e institutos de educação.

Recentemente, foram celebrados acordos de cooperação técnico-cientifica com a Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Unesp de Presidente Prudente, Escola Técnica Estadual (Etec), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP), além de prefeituras da região.

“Nós consideramos um projeto muito importante que vai abrir várias frentes de trabalho e de gestão ambiental para os municípios da região, além de pesquisas e ações extensionistas junto às universidades. É a possibilidade de construção efetiva de uma nova cultura de gestão dos resíduos, de educação ambiental e de nova forma de viver, produzir e consumir com sustentabilidade”, comenta Antônio Cezar Leal, professor do Departamento de Geografia e assessor da Pró-Reitoria de Extensão Universitária e de Cultura da FCT Unesp de Prudente.

Instituto Transforma

Criado e mantido pela Transforma Energia, o Instituto Transforma é uma Organização não Governamental (ONG) com atuação nacional, que fomenta a educação ambiental e o diálogo sobre os desafios socioambientais relacionados aos resíduos sólidos e a preservação do meio ambiente por meio de ações regionais em localidades que contam com plantas industriais da empresa, envolvendo colaboradores, parceiros e comunidade.

Dos 51 alqueires que abrigam a Transforma Energia, 12 deles são destinados ao instituto. “Neste espaço, vamos ter uma unidade pedagógica demonstrativa de uso sustentável da terra, de melhores práticas produtivas e um olhar diferente em relação a resíduos. Capacitação técnica e profissional de pessoas ligadas ao setor, de formação socioambiental e atividades culturais”, explica o presidente do Instituto Transforma, Fr. Phillip Neves Machado.

A participação e envolvimento dos setores públicos e privados têm grande importância para que o Instituto Transforma desenvolva suas atividades; inclusive com apoio às organizações e grupos que já trabalham com projetos na região ou que busquem a expansão dos mesmos.

O Instituto Transforma busca entender as comunidades onde está inserido, interagindo com elas de forma contínua. E, desta maneira, propõe soluções e busca alternativas criativas e eficientes, sempre baseadas em ações socioambientais, educacionais e culturais.

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